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Tema: TOE - Reconhecer os efeitos que a introdução do euro terá , sobre a Contabilidade .
T.O.E :Reconhecer os efeitos que a introdução do euro terá , sobre a Contabilidade .
Introdução ;
Nesta Sessão , iremos analisar o impacto da concretização da União Monetária sobre as instituições não financeiras .
Tal como acontece com os bancos , a repartição entre os custos e os benefícios será desigual entre essas instituições, penalizando mais as pequenas empresas domesticas , em particular as do sector retalhistas, do que as grandes multinacionais .
Estas serão , aliás , as grandes "ganhadoras" deste processo, tal como os consumidores. Os custo que estas empresas terão de suportar não terão grandes expressão , visto que já utilizam sistemas contabilísticos e informáticos multi-divisas , e os benefícios serão elevados, nomeadamente ao nível da poupança em custos cambiais , redução do numero de bancos e/ou contas bancarias , etc.
Encontramo-nos no limiar de uma mudança de grande significado para o nosso país e para cada um de nós , porque , a partir de 1 de janeiro de 1999 , Portugal passará a adoptar o Euro – a moeda única europeia .
A integração de Portugal no grupo de países fundadores do euro , chamada zona euro , irá permitir que o país participe no centro da decisão política e económica de uma das mais importantes áreas geográficas do mundo , partilhando um mercado alargado , mas exigirá aos agentes económicos e a cada um dos cidadãos que se adaptem a uma nova moeda : o Euro .
Para isso disporemos de três anos , período que vai de 1 de Janeiro de 1999 a 31 de Dezembro de 2001 – que se convencionou designar ‘período de transição ‘ – durante o qual estarão a ser produzidas notas e moedas de Euros .
Durante esses três anos , o euro apenas existirá sob a forma escritural – como tal cheques , cartões , ordens de pagamento e de transferências , efeitos comerciais , contratos , etc. – e não na forma física de notas e moedas metálicas .
No período de transição será aplicado o principio da "não obrigatoriedade e não proibição" como normas de conduta das relações comerciais entre as diversas entidades , empresariais e particulares , ou seja , ninguém será obrigado a utilizar o euro , mas também , ninguém estará proibido de o fazer . A opção será de cada um de nós .
A partida de 1 de janeiro de 2002 começarão a ser introduzidas as notas e moedas de Euros , que coexistirão com o escudo num período máximo de 6 meses , isto é , o mais tardar até 30 de Junho de 2002 . Após essa data , o escudo deixará o seu curso legal e deixará de circular .
Como se explica adiante , a mudança para o euro será uma operação simples , de conversão de valores , e não altera as condições das suas contas , dos seus depósitos e empréstimos , dos seus produtos mutualismos e financeiros ou dos seus seguros , nem terá qualquer ónus para si .
No entanto , estamos conscientes que ,em geral , qualquer mudança suscita incertezas e receios , levanta dúvidas e questões .
A Contabilidade na Empresa ;
Contabilidade – é a ciência que tem por objectivo o estudo do património das empresas ,dando a conhecer , em qualquer momento , a sua composição qualitativa .
A contabilidade é uma técnica que recolhe informações relativas a todos os actos da vida da empresa m, que posteriormente regista , processa e arquiva .
A informação da contabilidade deve ser;
As funções da contabilidade são:
Divisões da contabilidade
Conclusão:
Apesar de muitas empresas possuírem este dois tipos de contabilidade com características tão distantes , isto não significa que haja uma dissociação entre ambas. Enquanto a contabilidade financeira se preocupa , fundamentalmente , com o registo dos factos relativos á compra de matérias e vendas dos produtos fabricados , a contabilidade analítica , inserida entre duas fases da contabilidade financeira , preocupa-se com o registo dos factores que permitiram a transformação das matérias-primas em produtos fabricados, isto é , factores gestivos ligados ao processo produtivo da empresas .
Questões contabilisticas e fiscais
A decisão de migração da contabilidade para euros , tal como já foi referido , é uma decisão da empresa durante o período transitório , sendo obrigatória no final deste. Porém ,mesmo que as empresas mantenha a sua contabilidade em escudos após a introdução do euro , iram provavelmente deparar-se com operações em euros , para as quais necessitará de efectuar as conversões adequadas. Nesse sentido , seria útil que todas as empresas dispusessem de sistemas informáticos preparados com conversores que permitissem converter qualquer registo contabilistico na denominação desejada .
Em documentos publicados pela Comissão Europeia estabeleceram os princípios fundamentais a que devem obedecer os registos relacionados com a moeda única e que a seguir se resume.
Em Portugal o decreto-lei 138/98 , de 16 de Maio , permite que as empresas que assim o entenderem migrem a sua contabilidade para euros desde o início do período transitório .
No que respeita a empresas com títulos cotados , o Código do Mercado de Valores Mobiliários não refere qualquer exigência em termos da moeda de publicação das contas e divulgado , pelo que se admitir que as empresas publiquem as contas na moeda que preferirem , o que incluirá naturalmente o euro .
Benefícios e custos da Passagem á moeda única
BENEFÍCIOS
Os benefícios da existência de uma só moeda para as empresas são substanciais, muito embora dependem do tipo de actividade da empresa.
Vejamos alguns destes benefícios .
Uns dos ganhos mais importantes prende-se , naturalmente , com a ausência de risco cambial de conversão das moedas dos países participantes (mais de 80% do comercio externo português , realiza-se nestas moedas) . Mesmo que os bancos venham a cobrar uma comissão pela troca das notas dos países da área do euro durante as etapas B e C, as empresas não se terão de preocupar , uma vez que essa comissão só se deverá aplicar às trocas fiscais , as trocas electrónicas , devem ser gratuitas , por consistirem em meras operações escriturais de conversão .
Se bem que este facto afecte mais positivamente as empresas exportadoras e importadoras (com excepção daquelas que utilizam a instabilidade cambial para completar os ganhos da actividade principal), mesmo as pequenas empresas cuja a actividade não tenha directamente a ver com o comercio externo beneficiarão do preço mais baixo dos produtos que utilizam , quer estes sejam importados ou produzidos internamente (concorrentes de importações).
A estabilidade cambial aliada á estabilidade dos preços permitirá ainda:
Apenas por curiosidade.
Note que.
Dado que as taxas de juro de curto prazo nacionais terão de baixar dois pontos percentuais para atingirem níveis próximos das taxas alemãs , os benefícios esperados são ainda substanciais .
As empresas internacionais beneficiarão igualmente , na medida em que poderão trabalhar com menos bancos ou pelos menos com menos contas bancárias , reduzido assim os seus custos.
CUSTOS
Muito embora os benefícios para as empresa ultrapassam , em quase todos os casos, os custos , é necessário não esconder que estas também existem. Estes custos são , no entanto, temporários porque estão ligados ao período de transição e , têm , por isso carácter transitório .
Custos de carácter transitório ;
Os principais custos têm a ver com ;
A Comissão ainda não decidiu se irá impor ou não a dupla afixação de preços, e, em caso afirmativo , durante quanto tempo . Esta é uma questão que impõe o Instituto do Consumidor e as Associações de Comerciantes , pretendendo os princípios que a dupla afixação se inicie logo em 1999 , para familiarizar o consumidor com a nova moeda; posição não defendida por este último já que as despesas inerentes a uma dupla afixação de preços seriam elevadas para os pequenos retalhistas .
Em relação ás caixas registadoras, a Comissão pretende que os talões passem a apresentar os montantes pagos nas duas moedas durante o período de transição , á semelhança do que e feito pelos bancos na informação enviada aos clientes.
Exemplo:
A procura de novos preços "psicológicos" em euros poderá levar os comerciantes a subir os preços , o que poderá acabar por se traduzir numa subida elevada em termos percentuais.
Estes custos afectam todas as empresas , mas farão sentir de forma mais intensa junto das empresas de distribuição .
Dulpa contabilização e acréscimo de concorrência
As empresas serão igualmente afectadas pela necessidade de proceder á dupla contabilização e pela utilização de dois sistemas de pagamentos diferentes(ou, alternativamente , nalguns casos, pela utilização de conversores).
Os custos serão tantos maiores quantos mais longo for o período de coexistência física das duas moedas (prevendo-se no máximo 6 meses).
Há que contar com o acréscimo de concorrência e com a maior exigência e sofisticação dos consumidores, aspectos que já se vêm a registar desde a introdução do mercado único ,mas que se intensificar com a existência de uma só moeda .
Estudos feitos pela EuroCommerce (Associação europeia constituída pelas associações de comerciantes nacionais dos vários países da União Europeia ) no final 1996 , relativos aos custos de adaptação das operações do comércio retalhista á introdução da moeda única, apontam para ;
Os custos serão tanto menores quanto menor for o tempo necessário para se proceder á dupla afixação de preços e o templo de coexistência física das duas moedas .
Tal como acontece com as instituições financeiras , a repartição dos benefícios e custos será desigual:
IMPACTO DA MOEDA ÚNICA NAS PRINCIPAIS ÁREAS DA EMPRESA
Tal como acontece com os bancos , introdução da moeda única vai afectar praticamente todas as áreas das empresas . Alguns desses impactos serão positivos , outros negativos .
Contabilidade E Sistemas De Informação Contabilísticos
O impacto na área contabilísticos das empresas é também muito importante , em particular , no período que ocorre entre 1 de Janeiro de 1999 e 31 de Dezembro de 2001 .
Nesse período , as empresas terão de decidir se tencionam desenvolver sistemas capazes de operar em duas moedas ( nacional e euro ) .A maior parte dos sistemas de contabilidade multi-divisas estão aptos para incorporar uma funcionalidade que adicionará o euro e fará automaticamente o cálculo das conversões cambiais : através da utilização de um conversor , este sistema permitira efectuar a contabilidade de uma moeda com a possibilidade de produzir documentação em qualquer das denominações . Este sistemas , em que todas as transacções incluem um registo explicito da unidade monetária , permitem uma maior flexibilidade e poderão continuar a ser utilizados , após a introdução do euro , pelas empresas com a actividade fora da zona do euro .
Assim , para se prepararem para a introdução do euro , as empresas deverão identificar todas as aplicações , ficheiros de dados contabilísticos que contenham dados financeiros . Posteriormente , deverão ponderar sobre a decisão de conversão da sua contabilidade ( isto é , do calendário da mesma) e das suas bases de dados ( apurando os custos , tempo e conveniência da conversão) , sendo que a partir de 1/01/2002 os seus sistemas contabilísticos terão de ser convertidos .
O euro exigirá , às empresas , investimentos específicos em ;
Estes custos irão Ter o tratamento que habitualmente lhes seria dado , sendo imobilizados , no caso da compra de novos equipamentos , os custos do exercício , no caso de formação (Conforme está previsto na directriz contabilistica) .
Existirá , em principio , a possibilidade de levar a custos plurianuais (logo , passíveis de amortização) todos os custos que venham a ser simultaneamente relacionados com a introdução do euro e a exploração de novos produtos , serviços ou linhas de negócio .
Alguns activos tornar-se-ão obsoletos (equipamentos); neste caso , o período de depreciação , inicialmente previsto , terá de ser ajustado ou terá de se proceder ao abate contabilísticos dos bens em causa .
Sistemas Informáticos
O principal impacto faiar-se-á sentir no departamento que armazena e encaminha toda a informação da empresa ; portanto , o departamento de informática deverá estar estritamente associado á preparação de todos os outros , desde o início do processo .
Muitas empresas utilizam Software que vai necessitar de actualização para poder trabalhar com a moeda única . Portanto , poder-se-á aproveitar a oportunidade não só para compatibilizar com o euro mas também para os modernizar e melhorar .
Neste sentido , e para se tronarem eficazes e operacionais , as empresas deverão verificar todo o seu Software avaliando se cada sistema poderá operar num ambiente multi-divisa e ser adaptado á utilização do euro . Caso esta situação não se verifique , as empresas dialogarão com os seus fornecedores de Software , encontrando assim , a melhor solução para a compatibilidade dos sistemas .
As empresas poderão optar também por comunicações com os seus principais clientes e fornecedores , através de ligações eléctricas ( Internet "Email" , EDI "Electronic Data Interchange ) para encomendas e facturação. Não esquecendo porém , de acordos com os clientes e seus fornecedores sobre a data em que os preços e as facturas passarão a ser mencionados em euros.
Finalmente , no que se refere ao processo da adaptação ao euro dos sistemas informáticos , deverá incluir a verificação da aptidão desses sistemas á mudança de milénio , ou seja , o euro e o problemático do ano 2000 deverão ser integrados , como forma de se evitarem futuras alterações que podem , desde já , ser implementadas .
O impacto da introdução do euro vai ser grande e far-se-á sentir a todos os níveis nas empresas. O segredo está , talvez , em prever a antecipação do que é necessário e preparamo-nos desde cedo , com medidas criativas e concorrenciais para resolvermos os problemas que acabamos de analisar .
Área contabilística e fiscal
Em termos de fiscalidade , uma vez que as empresas são sempre obrigadas a apresentar contas de 2 exercícios consecutivos , a introdução da UEM poderá levar , por exemplo, a que , no mesmo Modelo 22 do IRC , os valores sejam apresentados em Euros e em Escudos . as empresas que passem a usar o Euro nos seus relatórios financeiros devem converter os dados , históricos de um ou mais, exercícios anteriores (para que os valores sejam comparáveis ) .
O ‘Software’ de contabilidade deverão estar aptos a realizar rapidamente com versões de Euros para escudos e de Escudos para Euros .
Regra geral , os custos com a introdução do euro são equiparáveis a custos correntes , devendo-lhe ser aplicadas as respectivas regras contabilisticas . Serão , assim , reconhecidos como gastos do exercício em que forem incorridos. No entanto , alguns custos podem ter a natureza de custos de investimentos (por exemplo o ajustamento do sistema informáticos). Nestes casos , os custos são amortizáveis dado que respeitam a aquisição de bens do activo fixo .
As posições detidas nas moedas dos países participantes deixaram de sofrer oscilações quando as taxa de câmbio forem fixadas; dai poderão resultar ganhos ou perdas que dependem das flutuações cambiais verificadas entre o momento da compra das moedas , e o inicio da UEM. A realização de diferenças cambiais positivas ou negativas , em resultado da fixação das taxas de conversão , deve ser reconhecida contabilisticamente já no exercício de 1998 .
Segundo o Ministério das Finanças , uma boa parte dos documentos fiscais referentes ao período de 1999 e seguintes poderão ser expressos em Euros , nomeadamente a declaração de MODELO 22 do IRC e as declarações anuais e mapas recapitulativos de clientes/fornecedores . No entanto , os procedimentos de liquidação e cobrança continuarão a ser efectuados exclusivamente em escudos , incluindo a missão de reembolsos e de notificações para pagamentos.
A contabilidade e a facturação também poderão ser feitas em Euros ,já a partir de 1999 . Algumas empresas portuguesas já anunciaram publicamente que vão passar a apresentar as sus contas em Euros a partir do próximo ano .
Risco Contabilistico
Deve-se salientar ainda que vamos observar uma alternação do "risco contabilístico", entendendo-se por risco contabilistico o que deriva da conversão das contas de um moeda para outra , em empresas com relações de domínio ou de grupo em processos de consolidação . Sendo as contas elaboradas na mesma moeda , reduz-se o risco contabilistico de se comparar e integrar resultados a taxas de cambio que se não corresponderão ás operações financeiras subjacentes . É sabido , por exemplo , que em processos de consolidação , muitas das rubricas consolidadas o são á taxa de câmbio do fim do ano , o que , dada volatilidade de algumas moedas europeias , pode gerar valores muitos diferentes de ano para ano .
Reflexão sobre o Euro .
Fazer contas em euros ?
Estão previstos sete tipos de notas : 5 , 10 , 20 , 100 ,200 , 500 ; e oito valores faciais para as moedas: 1,2,5,10,20,50 Cêntimos, e de 1 e 2 euros .
Durante seis meses (até Junho de 2002) poderás efectuar os teus pagamentos tanto em euros como em escudos , mas , depois desta data , só os euros serão aceites .
Com tantas notas e moedas a substituírem as existentes na actualidade , é natural que a introdução do euro tenha consequência nos preços .
As adaptações e as variações são inevitáveis , mas o mais provável é que não haja uma subida acentuada e sustentada dos preços , ou seja , a inflação não aumentará de um modo descontrolado .
Estudos efectuados pelos economistas europeus revelam que a inflação , em condições normais , se manterá abaixo dos três por centro anuais em toda a zona do euro .
Do mesmo modo que nem todos os países do euro terão a mesma inflação , a introdução da moeda única não provocará uma harmonização de preços entre os membros da União Monetária .
Parece óbvio que a meda única dará estabilidade á economia europeia , tomando-a menos frágil perante crises económicas .
A introdução do euro coloca série de problemas relativamente ás comissões bancarias ?
De facto, durante o período de transição , a conversão em euros poderá originar uma confunsão , quer se trate da moeda fiduciária , quer se trate de moeda escritura . Actualmente , a posição dos bancos consiste em deixar funcionar a concorrência , definindo cada instituição bancária a sua própria política comercial , no quadro das relações contratuais que se ligam aos seus clientes .
De notar que se encontra ainda em curso uma reflexão sobre esta mateira, ao nível da Comissão Europeia .
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